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Salmo 127

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Salmos

"ORAI PELA PAZ DE JERUSALÉM! SEJAM PRÓSPEROS OS QUE TE AMAM. REINE PAZ DENTRO DE TEUS MUROS E PROSPERIDADE NOS TEUS PALÁCIOS. POR AMOR DOS MEUS IRMÃOS E AMIGOS, EU PEÇO: HAJA PAZ EM TI! POR AMOR DA CASA DO SENHOR, NOSSO DEUS, BUSCAREI O TEU BEM" SALMOS 122.6-9
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

A FUNDAÇÃO DE ISRAEL

Depois dos anos de peregrinação no deserto, Moisés conduziu seu povo para o norte, além de Edom, deu uma volta por leste, para evitar o combate com os moabitas, e finalmente vibrou um golpe ao rei Seom, dos amorreus. A conquista armada de uma pátria começou ali, bem a leste do Jordão. Aproveitando rapidamente o seu primeiro sucesso, os israelitas avançaram para o norte, e logo se tornaram senhores de Gileade e Basã, toda a área a leste do Vale do Jordão e do Mar da Galiléia. Era uma terra bem irrigada, fértil, e satisfatória, com bosques e bons pastos.

A rápida conquista, naturalmente, incutiu terror no povo de Moabe e de Mídia, terras ao sul. Balaque, o rei moabita, temendo que, depois de seus extraordinários sucessos no norte, os israelitas se voltassem finalmente contra ele, decidiu usar de magia e embuste. Aliando-se ao midianitas, contratou o grande adivinho Balaão para amaldiçoar os Filhos de Israel. Mas o Rei Balaque falhou: o Senhor interveio e transformou as pragas de Balaão em bênçãos (Números 22,24).

Igualmente também falharam as mulheres de Moabe e Midiã em suas tentativas para incentivar a idolatria entre o povo de Israel. O único resultado foi que os midianitas foram chacinados em grande número, ao passo que os moabitas, a quem Deus recusou a Moisés o direito de atacar – eles eram descendentes de Ló, sobrinho de Abraão - foram excluídos da congregação de Israel até a décima geração.

O país a leste do Jordão estava finalmente seguro e aberto para a colonização. Concluíram-se entendimentos entre Moisés e as tribos de Rúben e Gade e a meia tribo de Manasses para a divisão e colonização dessa terra. O futuro do resto das Doze Tribos estava nas terras a oeste do Jordão.

E quanto a Moisés, nessa altura velho em anos e experiência, mas ainda jovem em espírito e habilidade? Tendo-lhe Deus negado, como negara a Arão, o direito de entrar na Terra Prometida, sua missão estava virtualmente concluída. Um dever restava ainda. Era essencial fazer uma narrativa de sua grande administração e rever as leis ordenadas por Deus para a orientação de Seu povo. Assim, reunindo os chefes e o povo na base do Monte Nebo (Pisga), falou-lhe em três grandes orações que constituem a maior parte do livro do Deuteronômio, nome grego que significa a “segunda lei”.

Havendo completado suas instruções ao povo, o grande ancião ajuntou o seu canto de adeus e a sua bênção. Depois, voltando-se para a encosta da montanha, subiu até o cume, que fica a uns quinze quilômetros do Jordão. Do topo descortina-se um panorama maravilhoso de terra de Israel, e seus olhos deliciaram-se no cenário enquanto comungava com o Senhor, a quem servira tão bem. E com o coração transbordante, como sua vida, Moisés morreu ali nos cumes do Monte Nebo. Para que seus restos ficassem a salvo de mãos pagãs, enterraram-no secretamente ali perto em um vale resguardado.

O acampamento dos israelitas era provavelmente nas terras planas conhecidas como Planícies de Moabe. Como era seu costume desde a época que passaram pelo Monte Sinai, as Doze tribos acampavam na formação de um grande quadrado. Havia três tribos de cada lado do quadrado e no centro repousava a sagrada Arca da Aliança, guardada numa bela tenda chamada Tabernáculo.


Morto Moisés, Israel adquiriu um novo chefe, Josué, um príncipe da meia tribo de Efrain, soldado valente e estrategista hábil. Ele e Calebe, que era da tribo de Judá, foram os dois únicos dos doze espias enviados a Canaã, trinta e nove anos antes, que insistiram em que se fizesse um ataque nessa época. O momento aproximava-se finalmente. Bastaria apenas que o Senhor falasse ao coração de Josué e ele comandaria o ataque. Deram-se pois, instruções ao povo para que estivesse pronto para a marcha. Despacharam-se espias a Jericó para obter informações, e, enquanto eles não voltavam, Josué deu tempo ao tempo.

As notícias desses espias, não só com relação a essa primeira grande cidade, mas também com respeito ao temor provocado através de toda a terra, foram tão favoráveis que Josué agiu imediatamente (Josué 2). O acampamento no alto do platô foi imediatamente levantado; as tribos formaram em sua costumeira ordem de marcha (Números 2,34) e, seguindo os sacerdotes que carregavam a sagrada Arca da Aliança, puseram-se a caminho. Nesse lugar a tribo a trilha desce rapidamente para o fundo do Vale do Jordão, de modo que a margem leste do rio deve ter sido alcançada facilmente antes do cair da noite. Aí assentaram acampamento novamente; o povo descancou enquanto Josué e seus oficiais e outros líderes certamente se preparavam para atravessar a corrente e estabelecer um acampamento base do qual eles pudessem lançar o ataque a Jericó.

Esses preparativos parecem que consumiram três dias. Na tarde do terceiro dia os oficiais percorreram o acampamento dando instruções para o dia seguinte. A travessia do Jordão, como a travessia do “Mar Vermelho”, iria ser um dia memorável na história de Israel – e estava prestes a acontecer. Na manhã seguinte eles entrariam na Terra Prometida !

Era no principio de abril, pois se aproximava a Páscoa, quando os israelitas pararam na margem leste do Jordão. Que ano era? Ainda há discordâncias quanto a data de destruição da cidade de Jericó e ao começo de seu longo abandono. É provável uma data não muito longe de 1250 aC.



Uma vez atravessado o Jordão, os israelitas estabeleceram um acampamento permanente em Gilgal. Esse lugar parece que ficava a meio caminho entre o rio e Jericó, seu primeiro objetivo militar, e todos os velhos, mulheres e crianças ficaram lá em segurança, enquanto os combatentes partiam à conquista da terra.

Antes de começar a campanha, realizaram-se cerimônias religiosas nesse acampamento que foi consagrado como terreno sagrado e continuou sendo um centro sagrado até pelo menos os primeiros anos do reino. Aí se reuniram também tropas das tribos de Ruben e Gade e da meio tribo de Manasses, pois eles haviam concordado em ajudar na conquista do resto da terra (Josué 4,12)

Jericó, como informa bem conhecida narrativa bíblica, caiu rápida, completa e milagrosamente, embora um tremor de terra tenha abalado suas muralhas duplas. A maneira como seus restos estão espalhados faz parecer que um terremoto foi o meio escolhido pelo Senhor para ajudar o seu povo eleito. Ele também poderia ter ateado o fogo que consumiu a cidade, a mais velha de Canaã.

Que restava a frente? Hábil estrategista que era, não parece provável que Josué tencionasse abrir caminho à força através de Canaã.Seus guerreiros haviam conquistado valiosa experiência nos encontros a leste do Jordão, mas ainda assim não podia esperar levar tudo de vencida à sua frente. Assim sendo, provavelmente foram enviados espias adiante como os que tinham visitado Jericó. Era preciso estudar a terra, suas cidades, montanhas, vales e principalmente seu povo. Não poder haver dúvida de que os espias de Josué trabalharam incansavelmente reunindo dados em que se pudesse basear a campanha.

O primeiro movimento além de Jericó talvez tenha sido pela trilha usada séculos antes por Ló, quando se separou de Abraão e procurou um lar na fértil região em volta de Sodoma e Gomorra. Os israelitas marchavam agora na direção oposta, subindo o íngreme caminho para Betel e Ai, uns vinte quilômetros a oeste de Jericó e 960 metros mais acima.

Segundo a Bíblia, houve primeiro uma derrota e depois uma vitória em Ai. Mas os sítios de Ai e de Betel foram muito cuidadosamente escavados e sabemos agora que Ai foi destruída muito antes do tempo de Josué, por volta de 2200 ou mesmo 2400 aC., e nunca reconstruída. O próprio nome de Ai (há’Ái) significa “a ruína”. Por outro lado o testemunho arqueológico revela-nos que Betel – a uns dois quilômetros de distância – foi reduzida a entulho carbonizado pela época da invasão israelita. Sua destruição provavelmente proporcionou-lhes a primeira base nas terras altas centrais.

Os canaanitas viram então que tinham dificuldades pela frente. A tática dos astutos gibeonitas , cujas cidades ficavam perto de Betel , indicava isso claramente. Sabendo que seriam os seguintes na linha de ataque, enviaram emissários aos israelitas. Esses homens, vestidos de trapos e fingindo que estavam exaustos da “longa jornada”de sua “pátria distante”, induziram os líderes de Israel a jurarem solenemente que viveriam em paz com eles e agiriam como seus protetores (Josué 9).

Como pastores e nômades, os israelitas estavam muito interessados nessas regiões de Canaã- as áreas montanhosas- que eram extremamente próprias para o apascentamento de rebanhos. Duas tribos e parte de uma terceira já haviam decidido estabelecer-se nas áreas de pastio a leste do Jordão, mas cerca de ¾ do povo ainda tinham de encontrar lares.

Josué voltou a seguir sua atenção para os cinco reis amorreus que faziam guerra à sua aliada, a cidade de Gibeom. As forças israelitas tinham voltado ao acampamento base em Gilgal, mas , recebendo um apelo urgente de Gibeom, fizeram uma marcha forçada até essa cidade, a atual El Jib, perto de nove quilômetros o norte de Jerusalém. Aí, no vale de Ayalon, para os lados do oeste, o Sol imobilizou-se e a Lua ficou parada...o tempo suficiente para que uma batalha decisiva fosse ganha pelos israelitas com o auxilio dos céus. Os cinco reis inimigos foram enforcados em cinco árvores. A seguir, Josué e suas forças tomaram a cidade de Maquedá, onde os cinco reis se haviam escondido e prosseguiram para tomar Libna (Josué10) .

Conquanto a lista das conquistas de Josué seja impressionante, a Bíblia admite francamente que Canaã não foi toda conquistada imediatamente. Mas tantas cidades haviam sido conquistadas nessa altura, que as tribos restantes puderam dividir entre si a terra do oeste do Jordão. Também se designou território para a meia tribo de Manassés que havia deixado Gileade e Basã. Isso feito tornou-se seguro retirar de Gilgal as mulheres, as crianças e os velhos, os rebanhos e outros animais, e o acampamento foi abandonado.

As áreas destinadas as tribos, por sorteio, eram, por ordem de norte a sul, mais ou menos como segue: Aser recebeu uma tira costeira de ricas e verdes planícies, com cerca de 20 quilômetros de largura, estendendo-se do rio Leontes, acima de Tiro até à beira superior da planície de Sarom, abaixo do Monte Carmelo. A tribo de Neftali foi dado um pedaço de terra adjacente, montanhoso mas fértil, que ia do sul de Leontes ao monte Tabor e a leste até ao Jordão superior e ao mar da Galiléia. Abaixo desses dois ficava o pequeno trecho que coube a Zebulom, e a leste dele a área mais ou menos do mesmo tamanho, que se tornou a terra da tribo de Issacar.

Ao sul desta estendia-se uma quadra grande e muito irregular, que ia da costa do mar ao Jordão e que coube por sorte a Manasses. Compreendia a bela planície de Sarom. Imediatamente abaixo dela ficavam três pequenas porções de terra que couberam à Efrain, Benjamim e Dã.

A terra que coube à Judá ao norte pelo vale de Soreque e por uma linha curva desde de Quiriate-Jearim, que passava logo ao sul de Jebus (Jerusalém) e continuava até à extremidade norte do mar salgado (Mar Morto). Sua fronteira sul era o deserto de Parã. A terra de permeio estendia-se do Mediterrâneo ao “mar salgado”e compunha-se de uma rica planície costeira, onde floresciam os cereais, uma região montanhosa a leste chamada Sefelá, onde havia excelentes olivais e vinhas, e uma serra que descia para o mar salgado. A minúscula tribo de Simeão viveu dentro das fronteiras de Judá, no deserto de Neguev, ou “país do sul” compartilhando com Judá as cidades do extremo sul de Canaã.

Outro grupo restava ainda para ser alojado – os Levitas, ou descendentes de Levi. Esta tribo fora inteiramente posta de lado como servos de Deus e sacerdotes, encarregados de zelar pelo Tabernáculo e pela sagrada Arca da Aliança. Foram-lhes dados direitos em quarenta e oito cidades, espalhadas pelas terras de todas as tribos.

Em recompensa pelo seu maravilhoso comando, Josué recebeu uma cidade somente para ele, Timnate-Sera, nas colinas de Efrain, onde morreu com a idade de 110 anos. Antes de morrer Josué estabeleceu um centro religioso em Silo, cerca de quinze quilômetros a nordeste, na mesma área tribal. Acredita-se que silo foi a primeira cidade israelita que eles mesmos construíram, e foi aí que erigiram um belo e novo Tabernáculo para guardar a sagrada Arca da Aliança. Durante muitos anos membros devotos de todas as tribos fizeram peregrinações à Silo.

Os israelitas reconstruíram muitas cidades depois de as assaltarem e demolirem. Infelizmente, eles eram pastores, não mecânicos nem artesãos, e seu trabalho de reconstrução era tosco e inferior aos que tinham destruído.

Canaã era uma terra de Cidades-Estados, cujos reis brigavam entre si mesmo durante o período em que o Egito manteve a terra sob o seu domínio. Havia uma classe governante, uma aristocracia, como no Egito e uma classe inferior composta de servos, que eram virtualmente escravos. O trabalho da maioria estava à disposição dos poucos senhores, e suas cidades eram construídas por trabalho forçado segundo os padrões que fossem exigidos.

Em contrastes, o israelita era uma pessoa relativamente independente. Respeitava seus ditames tribais familiares, mas fora isso era um homem livre. Em Israel nesse tempo não havia corvéia nem conscrição de trabalhadores. De modo que, quando os israelitas resolviam trabalhar em grupo para reconstruir uma cidade que tinham destruído, trabalhavam apenas o suficiente para atender às exigências mínimas. Uma vez cumpridas estas, cada homem ia tratar dos próprios afazeres, e o resultado foi serem as cidades israelitas muito menos sólidas e menos bem construídas.

Foram necessárias varias gerações para que esses pastores evoluíssem de habitantes de tendas e nômades para moradores de cidades. Eles não conseguiam dedicar muito tempo à cultivar as artes mais delicadas da paz; havia guerra tanto de dentro como de fora. Depois da morte de Josué, durante o período dos Juízes, houve invasões por leste dos amonitas, dos moabitas e dos midianitas.

Foram os midianitas que deram fama ao hábil Gideão. Com a ajuda de Deus e apenas trezentos homens ele esmagou as poderosas forças inimigas. Ofereceram-lhe por isso o Reino de Israel. Honra que ele recusou porque, como devoto hebreu, achava que os Filhos de Israel não devia servir nenhum rei terreno; deviam servir apenas a Deus. (Juízes 6,2-40; 7; 8,1-32).

A guerra contra os midianitas foi apenas um dos muitos problemas sérios que assediaram os israelitas nesse tempo. A fome em Judá levou Noemi e seu marido, entre outros, para a terra de Moabe. Ficando viúva, Noemi voltou à sua terra, em companhia de sua nora, a dedicada Rute, que casando com Boaz, veio a tornar-se bisavó de Rei Davi e um dos antepassados de Jesus.

Durante dezoito anos os amonitas mantiveram Israel sob o se jugo a leste do Jordão, até que foram desalojados por um “juiz”, ou chefe e herói nacional, Jefté.

Enquanto estes acontecimentos ocorriam, havia também tensões internas – ameaças contra a tribo de Rúben , quando seus membros erigiram um altar comemorativo no próprio território. A perturbação interna mais séria ocorreu pelo fim do período dos Juízes, quando a tribo de Benjamim quase foi aniquilada por dar proteção ao malvado povo de Gibeá.

Há atualmente um bom número de sinceros cristãos que acreditam que os primeiros cinco livros da Bíblia – os Livros de Moisés- estão poucos diferentes da forma em que Moisés os escreveu. Há todavia, provas inconfundíveis de que, devido a extensas compilações , a forma em que conhecemos agora não foi atingida senão muito depois do tempo de Moisés, Em anos recentes tem-se demonstrado, sem sombra de dúvida, que o povo conhecido como “filisteus” não fincou pé na Terra Santa antes do século XII aC. Assim, quando encontramos menção deles no Gênesis (Gen 21,32) ou em Êxodo (Ex15,14) , devemos considerar sua inclusão como a expressão de um ponto de vista posterior a referindo-se ao povo cananeu que ocupava as planícies costeiras e que foram tomadas mais tarde pelos invasores filisteus.

Os “povos do mar”, como os egípcios chamavam os filisteus, originaram-se, ao que parece, em Caftor, que é a Ilha de Creta. Dessa fortaleza de montanha eles atacaram a Grécia e também as costas orientais do “Grande Mar” (Mediterrâneo) . Uma horda deles avançou ao longo da costa, apoiada por um frota de navios que se mantinha ao largo, conquistando e ganhando força à medida que avançava, tendo por objetivo final o Egito e sua grande riqueza. Mas os egípcios, comandados pó Ramssés III, estavam preparados, e derrotaram os filisteus no ano de 1188 aC. Os que escaparam à chacina recuaram ao longo da costa até Canaã e estabeleceram aí uma confederação de cinco cidades – Ecrom, Asdode, Ascalom, Gate e Gaza – nas planícies ao longo da costa do mar entre Jope e o deserto da Península do Sinai. Os episódios relativos à Sansão e aos filisteus são apenas uma mostra do grande conflito que viria a ter lugar entre este grande povo bem organizado e combativo e os pouco unidos e muito independentes israelitas. Por causa dos filisteus, o Povo Eleito de Deus seria submetido a provas muito mais severas de dentro e de fora, durante as várias gerações seguintes, do que as que havia experimentado durante o período dos Juízes.

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